Tudo que você precisa saber sobre a Esporotricose

A pele é o maior órgão do corpo, tanto em humanos quanto em cães e gatos. Assim como acontece conosco, para nossos pets, esse imponente órgão desempenha um papel importante na proteção contra agentes químicos, físicos e microbiológicos, tais como bactérias, fungos, ácaros e vírus. Quando essa barreira de proteção está forte e bem estruturada, os desafios ambientais do cotidiano dos pets não impactam negativamente em sua saúde e qualidade de vida. No entanto, caso a pele apresente alguma deficiência em sua estrutura, os animais tornam-se mais propensos a desenvolver dermatites e outras doenças cutâneas. Assim, falaremos neste artigo sobre a esporotricose, condição que afeta principalmente os gatos. Continue a leitura!
Esporotricose: o que é e como a doença afeta os felinos?
A esporotricose é uma doença dermatológica comum em felinos, originada pelo fungo Sporothrix schenckii, encontrado predominantemente no ambiente, especialmente no solo, troncos de árvores e plantas em geral. Este fungo pode afetar humanos e, em casos raros, cães, sendo considerada uma zoonose. Conforme dados apresentados no Congresso Brasileiro de Infectologia em 2023, observa-se um aumento significativo nos casos no Brasil. São Paulo, por exemplo, registrou um acréscimo de 41,3%, enquanto no Paraná mais de 2.400 animais foram diagnosticados. Além disso, há ocorrências da doença no Rio de Janeiro e em Manaus.
A médica veterinária Mariana Raposo, gerente de produtos da Avert Saúde Animal, destaca: “Antigamente, a esporotricose era conhecida como a ‘doença da roseira’, devido à sua maior incidência em pessoas envolvidas na jardinagem, frequentando ambientes propícios à proliferação do fungo. Atualmente, a convivência estreita entre animais de estimação e seres humanos é cada vez mais comum. Muitos tutores permitem que gatos domésticos desfrutem de acesso livre à rua. É nesse momento que a maioria entra em contato com o fungo, amplamente presente na natureza, e o traz para dentro do lar.”
Apesar de afetar os animais, muitos tutores desconhecem a existência e as consequências da doença. Como mencionado anteriormente, quando a pele do gato está forte e saudável, o fungo não se prolifera. A transmissão para os felinos ocorre por meio de arranhões, mordidas ou mesmo ferimentos na pele em contato direto com o fungo. Os sintomas mais comuns da esporotricose nos gatinhos incluem áreas avermelhadas na pele que aumentam de tamanho e formam feridas persistentes, as quais não cicatrizam mesmo com tratamento. Alguns gatos também podem apresentar febre, perda de apetite e letargia.

A esporotricose pode se desenvolver de três formas:
Cutânea
É a forma mais superficial da doença, manifestando-se por meio de nódulos avermelhados, feridas profundas e de difícil cicatrização. Essas lesões surgem de forma isolada ou em múltiplos pontos. É comum observá-las na região da cabeça e nas patas, sendo caracterizadas pela ausência de dor e coceira.
Linfocutânea
Manifesta-se quando a infecção avança, resultando na formação de úlceras na pele que se aprofundam e alcançam o sistema linfático do gato.
Disseminada
É a fase mais avançada da doença, caracterizada pela presença de lesões na pele que se espalham por todo o corpo do felino. Esta condição pode progredir para a forma extracutânea, afetando outros órgãos do animal.
O diagnóstico precoce é fundamental para assegurar a saúde dos animais e promover a saúde pública. A detecção da doença é realizada por meio de exames citológicos, culturas fúngicas ou biópsias das lesões. Por se tratar de uma zoonose, os casos positivos devem ser notificados às autoridades sanitárias, possibilitando um controle mais efetivo do fungo naquela região.
A esporotricose tem cura!
Mariana Raposo destaca: “A esporotricose é uma doença séria, mesmo em suas fases iniciais, e exige um comprometimento do tutor com o tratamento, que é longo e leva meses. É comum o uso de antifúngicos orais específicos contra o Sporothrix. Além disso, continuar o tratamento por pelo menos 30 dias após as lesões na pele desaparecerem é crucial para reduzir as chances de retorno da doença.”
Vale ressaltar que mesmo que a lesão na pele esteja cicatrizada, não significa cura completa. É muito importante que o tutor siga rigorosamente o tratamento indicado pelo veterinário ao longo do período recomendado. Em casos mais graves, o uso de antibióticos pode ser indicado para combater infecções secundárias, juntamente com outros suportes para garantir a completa recuperação da saúde da pele.
O papel da suplementação estratégica como aliada no combate à doença
A veterinária menciona que estudos recentes de instituições renomadas em infectologia mostram que suplementos alimentares à base de Euglena gracilis, uma alga de água doce com alta concentração de beta-glucanas, têm apresentado resultados promissores como suporte no tratamento da esporotricose. A suplementação não substitui a medicação convencional para tratar o problema, mas combinada à medicação, favorece a cicatrização das feridas características da doença.
A Euglena gracilis também equilibra o sistema imunológico dos pets e fortalece a barreira cutânea. Pode ser utilizada por animais em qualquer fase da vida que tenham algum tipo de problema na pele, incluindo alergias como dermatite atópica.
Prevenção e cuidados para todos
Prevenir a esporotricose requer medidas como restringir o acesso dos gatos a áreas endêmicas, manter um ambiente limpo e seguro, e realizar exames regulares. Embora uma vacina específica ainda esteja em desenvolvimento, a conscientização e busca por atendimento veterinário precoce são fundamentais para evitar a disseminação da doença.
Marina conclui: “A esporotricose é uma zoonose, podendo afetar outros animais e humanos. Tutores de gatos com a doença devem ficar atentos às lesões de pele em si mesmos e procurar ajuda profissional se notarem feridas suspeitas ou de cicatrização demorada. A saúde e o bem-estar tanto dos pets quanto dos tutores estão interligados, especialmente quando se trata de zoonoses”.
Sobre a Avert Saúde Animal
A Avert Saúde Animal, uma divisão da farmacêutica inovadora Biolab, está presente no mercado veterinário desde 2013, comprometida em contribuir para o acesso às melhores práticas farmacêuticas e para o contínuo desenvolvimento da medicina veterinária brasileira. Sua linha abrange medicamentos, nutracêuticos e dermocosméticos para cães e gatos, além do investimento em tecnologias de produção e da busca incessante pela inovação, mantendo o foco na promoção da saúde e bem-estar animal. Para mais informações, acesse: www.avertsaudeanimal.com.br.
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