Como preparar o gato para a chegada de um bebê?
O bebê e o gato
A chegada de um bebê é cercada de expectativas, alegrias e mudanças para toda a família, e isso inclui os gatos. Enquanto os humanos conseguem compreender e assimilar com facilidade as alterações na rotina, para os felinos isso pode ser um verdadeiro desafio. Pensando nisso, no artigo abaixo, você verá como lidar com essa situação com muito mais facilidade. Vamos lá?
Mudança de ambiente
Grandes mudanças podem gerar estresse e desconforto no felino, como a reorganização dos móveis, novos objetos ou, até mesmo, a alteração de cheiros e sons no ambiente. A sensação do gato é de insegurança devido à sua percepção aguçada de território, onde ele já confia e se sente seguro.
Mudança de rotina
Além das mudanças físicas, a rotina muda já na gravidez e, claro, após o nascimento do bebê, afetando o comportamento do pet. Sensíveis ao comportamento humano, os gatos podem perceber a alteração de humor e os novos padrões de atividades, como a maior agitação ou a diminuição de atenção e carinho, o que poderá deixá-los confusos ou ansiosos.
Sinais de estresse
O desconforto do felino pode se manifestar de diferentes maneiras, como:
- Gatos mais ariscos: evitando o contato com os tutores.
- Excesso de carência: aumentando a busca por atenção.
- Marcação de território: urinando fora da caixa de areia.
- Mais agressividade: arranhando os móveis da casa.
- Darem umas sumidas: se escondendo em lugares incomuns.
Esses são alguns dos sinais claros de que o gato está lidando com um grande estresse causado pelas mudanças na rotina familiar.
Cheiros e sons
Novos cheiros e sons no ambiente podem intensificar o estresse dos gatos. Novos móveis, fraldas, produtos de bebê e, até mesmo, a presença do recém-nascido podem causar estranhamento, pois o olfato dos gatos é extremamente sensível. Sons diferentes, como o choro e as risadas do bebê, também podem ser perturbadores, causando agitação no felino.
Preparando o gato
É essencial começar a adaptação com antecedência, antes mesmo da chegada do bebê, permitindo que o gato explore o novo espaço de maneira gradual e se familiarize com os sons e objetos que farão parte da nova rotina. Como fazer isso? Confira abaixo:
- Familiarize o gato com o novo espaço: deixe que o gato conheça e explore com calma lugares como o quarto do bebê. Isso evita que o animal associe o local com algo ameaçador ou proibido.
- Apresente ao felino os sons de um bebê: para minimizar o estranhamento, apresente ao animal ruídos típicos de bebês como choros e risadas, de forma gradual, usando gravações de vídeos da internet.
- Momento com o felino: após a chegada do bebê, continue dedicando tempo para brincar e dar atenção ao gato. Muitas vezes, os felinos podem se sentir deslocados ou negligenciados diante da nova dinâmica familiar.
- Aposte nos feromônios: O feromônio facial felino (F3) é um sinal químico que os gatos produzem para comunicação em seu território e para se sentirem seguros no ambiente. Por isso, use o Felicomfort, a cópia sintética desse feromônio, que ajuda o gato a lidar com a nova rotina, sons e a presença do recém-nascido.
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Tempo de adaptação
Após a chegada do bebê, é natural que o gato precise de um tempo para se ajustar à nova rotina. Durante esse período, é importante tomar algumas medidas para facilitar a convivência. Nos primeiros meses, o ideal é garantir que o gato e o bebê não fiquem sozinhos e sem supervisão, mesmo que o felino seja tranquilo, para evitar possíveis acidentes.
Espaço do gato
É essencial que o gato continue tendo seu próprio espaço de conforto, com uma cama, um arranhador e um local totalmente seguro onde ele possa relaxar e se sentir protegido. Isso ajuda, de forma significativa, a diminuir o estresse causado por todas essas grandes mudanças.
Bebê e o gato
A introdução do bebê ao gato deve ser feita de gradualmente, permitindo que o animal se aproxime, cheire e observe o recém-nascido à distância. Ofereça recompensas e carinhos ao gato sempre que ele demonstrar curiosidade e tranquilidade perto do bebê. Isso ajuda a associar a nova experiência positivamente, promovendo uma adaptação tranquila e harmônica.
Mito da toxoplasmose
Quando o assunto é gravidez e gatos, um dos tópicos mais abordados é a toxoplasmose, um dos maiores receios relacionados ao tema. Muitas pessoas acreditam que ter um gato em casa pode aumentar o risco durante a gestação, o que leva ao abandono injustificado dos pets nessa fase. No entanto, essa preocupação geralmente é baseada em mitos.
Baixo risco
Embora os gatos sejam hospedeiros definitivos deste parasita, o risco de contrair a toxoplasmose diretamente de um felino é extremamente baixo. Na verdade, os seres humanos têm maior chance de contrair a doença por meio do consumo de carne mal-cozida, alimentos e, até, água contaminados.
Contaminação
Os gatos contraem o Toxoplasma gondii ao comer ratos, pássaros ou carne mal cozida. Após a infecção, o parasita é excretado nas fezes do gato durante um curto período, geralmente entre 7 e 21 dias após a primeira infecção. Além disso, os oocistos (formas infecciosas do parasita) presentes nas fezes precisam de 1 a 5 dias no ambiente para se tornarem infecciosos.
Por fim…
Preparar o gato para a chegada de um bebê exige paciência, planejamento e carinho. Adaptar o ambiente, manter uma rotina de atenção e desmistificar medos são passos para garantir uma convivência harmoniosa. Com os cuidados adequados, o gato e o novo membro da família podem conviver de forma saudável e segura, trazendo ainda mais alegria ao lar!
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